Tive a oportunidade de ser um dos protagonistas no momento do impulso que o pagamento com cartões de crédito teve no setor de viagens e turismo, nos anos 90.
Naquela época a inflação era estratosférica – chegou a mais de 80% num único mês em 1990 (*). Imaginem que as cias. Aéreas, Hotéis e todos os outros estabelecimentos do setor, recebiam os valores após 30 dias da data da compra. O valor recebido valia quase a metade do que no momento da venda.
Era praticamente impossível aceitar cartões de crédito, mas as empresas que tinham atuação mundial, como as cias. Aéreas, Locadoras e principalmente os hotéis de redes internacionais, não podiam abandonar esse meio de pagamento, pois os viajantes internacionais tinham o plástico na carteira e politicas corporativas de uso.
A alta inflação, que perdurou por 10 anos no Brasil, impediu temporariamente a expansão deste meio de pagamento no Brasil. Mas com a estabilização da moeda, em 1995, o volume que estava represado, começou a fluir e crescer.
Com o Plano Real, os bancos passaram a expandir suas bases de cartões, oferecendo crédito e um meio de pagamento “moderno” para milhões de brasileiros, assumindo outro patamar de risco de crédito.
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